quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A FORMA DO LIVRO

(Imagem do site: www.cienciahoje.uol.com.br)


Gostei muito de ler o texto "A forma do livro", que faz parte do livro "Uma história da leitura" de Alberto Manguel solicitado pela professora Antonia Calazans. Deixarei aqui um resumo do que apreciei:
Desde o início dos tempos, os leitores exigiram livros em formatos adaptados às suas necessidades. As tabuletas mesopotâmicas eram geralmente blocos de argila quadrados. Um livro consistia de várias dessas tabuletas, mantidas numa bolsa ou caixa de couro. Mas nada disso chegou até nós. Nem todos os livros da Mesopotâmia destinavam-se a ser segurados na mão.

Independente do que um leitor pudesse desejar, o formato de um livro era limitado, claro. Tanto a argila como o papiro eram relativamente portáteis. O códice, feixe de páginas encadernadas, substituiu tabuletas e rolos. No séc. IV, e até o aparecimento do papel na Itália, oito séculos depois, o pergaminho foi o material preferido em toda a Europa.
De todas as formas que os livros assumiram ao longo do tempo, as mais populares foram aquelas que permitiam ao leitor mantê-lo confortavelmente nas mãos. O tamanho de um livro determinava a forma do lugar onde seria guardado.


Enquanto os volumes pequenos serviam a propósitos específicos, os grandes volumes atendiam a outras necessidades dos leitores. Por vota do século V, a Igreja católica produziu enormes livros de culto, que permitiam que os leitores seguissem as palavras ou notas musicais sem nenhuma dificuldade.
Fazer um livro artesanalmente era um processo longo e laborioso. Em algum momento da década de 1440, um jovem gravador e lapidados do arcebispado da Mogúncia, chamado Johannes Gensfeisch zur aden zum Gutenberg, percebeu que se poderia ganhar em rapidez e eficiência se as letras do alfabeto fossem cortadas na forma de tipos reutilizáveis, e não como os blocos de xilogravura, até então utilizados. Entre 1450 e 1455 Gutenberg produziu uma Bíblia com 42 linhas por página e levou as páginas impressas para a Feira Comercial de Frankfurt.
Ao mesmo tempo em que os livros se tornavam de acesso mais fácil e mais gente aprendia a ler, mais pessoas também aprendiam a escrever, frequentemente com estilo e distinção: o século XVI tornou-se não apenas a era da palavra escrita, como também o século dos grandes manuais de caligrafia.
O súbito aumento da produção de livros depois de Gutenberg enfatizou a relação entre conteúdo e a forma física de um livro. Os sucessores de Gutenberg começaram a produzir volumes menores, volumes que cabiam no bolso.
Na Europa dos séculos XVII e XVIII, pressupunha-se que os livros deveriam ser lidos no interior de uma biblioteca pública ou particular. No século seguinte, os editores publicavam livros que se destinavam a ser levados para fora, especialmente para viajar.
A invenção de novas formas para livros é provavelmente infinita, e contudo poucas formas estranhas sobrevivem. Mas os formatos essenciais - aqueles que permitem ao leitor sentir o peso físico do conhecimento, o esplendor de grandes ilustrações ou o prazer de poder carregar um livro numa caminhada ou levá-lo para a cama - esses permanecem.

(O menor livro do mundo - mede 5 X 5 mm)
Caso você precise de uma "mãozinha" para usar seus livros...Pronto! É só clicar:


2 comentários:

Unknown disse...

Oiii!!!

Nossa seu blog está bem recheado... Adorei as matérias, muito bacana!!!
Ah! Já adicionei seu endereço em minha lista de Blogs da Turma!

Abraços!

Unknown disse...

Obrigado pela visita... pode deixar que vou tentar colocar o mural pra galera assinar!
Estou tentando colocar o contador... me inscrevi no Go Visit, mas agora não sei colocar no blog... rsrs...

Beijos!