quinta-feira, 7 de maio de 2009

PIAGET OU VYGOTSKY - UMA FALSA QUESTÃO

"VYGOTSKY, por sua vez, vê também a criança como alguém ativo, mas vai mais além. Em sua concepção, a criança além de ativa é, essencialmente, interativa."

Revista Viver Mente e Cérebro - Coleção Memória da Pedagogia, p.43

Aprendizado e desenvolvimento interagem entrelaçados entre maturidade e o meio social em que a criança vive de forma que um acelere ou complete o outro.

Ontem, observando a conversa entre duas crianças da mesma idade e da mesma série, lembrei-me instantaneamente do trecho citado. Havia uma reportagem no mural da sala de aula onde ambas estavam. O garoto leu-a: "Einstein um cientista nada louco". Ficou intrigado e, ao invés de prestar atenção na aula de reforço de matemática que fazia, questionava para a professora quem era aquele homem, que segundo o texto escrito nadava como louco. A professora estava atenta a outro aluno e não lhe respondeu; o foco era a matemática. Então, sua coleguinha ao lado fez a seguinte observação: "Você não entendeu! Esse nada não é de nadar e, sim, de não parecer nem um pouco louco." Ao que o menininho menos ansioso exclamou: "Ah!..."
O desenvolvimento acontece, assim, sobre o plano das interações. A criança faz uma ação que tem inicialmente um significado partilhado. No espaço escolar, há muitos exemplos como este. Cabe ao professor, ficar atento a estas ações, que possibilitam novas formas de intervenções e propiciam a todo instante novas aprendizagens.

2 comentários:

Maria José Nóbrega disse...

Verô,
que diálogo maravilhoso você presenciou!
Beijos,
Mazé

Andréa Cristina Felix Dias disse...

Olá Veronice, gostei muito das relações que estabeleceu entre a interação proposta pelo autor e esta que você observou na escola. Vamos encarar Piaget na próxima tá! beijos