domingo, 20 de setembro de 2009

Resenhas em jornais

Vamos ver (e ler) algumas resenhas veiculadas em jornais de grande circulação?...

Selecionei três dirigidas para o público adulto - dois filmes e um livro- e outra para crianças.


Confiram:
'A Verdade Nua e Crua' tenta fazer humor com machismo
Katherine Heigl, forte candidata a rainha de comédias românticas, divide a cena com Gerard Butler, de '300'

SÃO PAULO - Comédias românticas parecem existir desde quando o mundo é mundo, por isso andam tão desgastadas e previsíveis. A Verdade Nua e Crua, que estreia em todo o Brasil na sexta-feira, pode não ser o fundo do poço, mas é mais um prego colocado no caixão do gênero que parece dar seus últimos suspiros.
Estão longe os tempos em que comédia romântica combinava charme com sagacidade. As décadas de 1930 e 1940, com filmes como Levada da Breca e Jejum de Amor, apontavam um futuro feliz para o gênero que, nos anos de 1980 e 1990, ainda parecia saudável. Hollywood fazia filmes como Harry e Sally - Feitos um Para o Outro.
A primeira década do século 21 se aproxima do fim e o que o cinema tem a oferecer, combinando humor e romance, atende por nomes como A Proposta, Vestida Para Casar e A Verdade Nua e Crua.
Todos são uma espécie de plágio requentado da fórmula de sempre. Os personagens são Ela e Ele. Muito diferentes, brigam feito cão e gato no primeiro ato do filme. Depois de uma trégua, percebem que podem ficar bem juntos. No final, um dos dois acaba voltando para o (a) ex, mas percebe que o grande amor de sua vida é aquela pessoa cujo nome vem junto do dela nos créditos do filme.
Em A Verdade Nua e Crua, ela é interpretada por Katherine Heigl (forte candidata ao posto da atual rainha das comédias românticas) e atende pelo nome de Abby. Produtora de televisão, trabalha demais e não tem nem tempo para encontrar um novo namorado. Essa função cabe à sua assistente (Bree Turner) que não apenas arma os encontros como dá dicas de como ela deve se comportar.
Ele é interpretado pelo escocês Gerard Butler (300), um sujeito boca suja e misógino que ganha a vida dando conselhos num programa de televisão de madrugada. Claro que a vida dos dois personagens vai se cruzar e eles vão brigar muito para depois perceberem que o filme será muito previsível.
Ele é contratado para trabalhar no programa que ela produz - um talkshow apresentado por um casal cinquentão, que dá conselhos sentimentais, culinários ou o que mais for preciso para subir a audiência.
Mike - esse é o nome do sujeito - bate de frente com Abby e logo é capaz de desvendá-la: solteira, sexualmente frustrada e a espera de um príncipe encantado, que existe e mora na casa ao lado. O acordo entre os dois inimigos é simples: Mike ajuda Abby a conquistar o rapaz e ela, em troca, o ajuda no programa de televisão, porque juntos podem elevar a audiência à estratosfera.
Curioso como, para Hollywood, uma mulher jamais é considerada bem sucedida se não tiver um homem ao seu lado. A satisfação profissional de nada vale se não existir um príncipe em sua cama para chamar de seu, mesmo que para isso ela precise adotar um comportamento grosseiro, vulgar e machista - afinal, quem tem o poder é o homem.
E é assim que Abby começa a agir para conquistar seu vizinho: fazendo tudo igual a Mike, desde o vocabulário até nas atitudes.
Roteirizado por três mulheres e dirigido por Robert Luketic (que fez bem melhor em Legalmente Loira), A Verdade Nua e Crua não chega a ser ofensivo, é apenas um filme que tenta fazer humor de fórmulas batidas combinadas com uma visão de mundo bastante machista.
Harry e Sally, por exemplo, é plagiado numa cena num restaurante quando Abby usa uma calcinha com vibrador acoplado e o controle-remoto cai nas mãos de uma criança. A reação da personagem a cada choque recebido pretende remeter à já clássica simulação de orgasmo de Meg Ryan, também num restaurante, no filme da década de 1980.
Mas o esforço de Katherine Heigl é vão. Nem tanto por culpa dela, mas por conta do próprio filme, no qual nem a baixaria consegue ser engraçada.
Se é para ser vulgar, que seja como "Se Beber Não Case" ou os filmes de Jude Apatow ("Ligeiramente Grávidos", "O Virgem de 40 Anos"), que pelo menos extraem humor da baixaria, sem a pretensão de serem levados à sério. Não que "A Verdade Nua e Crua" tente se levar a sério, mas também não diverte -- apenas constrange.


(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

Fonte: O Estado de São Paulo, Caderno 2, cinema.
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,a-verdade-nua-e-crua-tenta-fazer-humor-com-machismo,436613,0.htm
Acesso em : 20/09/2009



Imprensa Oficial lança "O quadrado amarelo"


"O quadrado amarelo", o novo livro do poeta, ensaísta, memorialista, historiador, diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva, reúne ensaios criteriosamente classificados em quatro blocos com os sugestivos títulos: Formas de olhar, Modos de ler, Palavra e canto e O dia de ontem, remetendo respectivamente à literatura, pintura e poesia, e por último, às suas evocações mais recentes de lugares em que viveu.
A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, editora do livro, na gestão do diretor-presidente Hubert Alquéres transformou-se em editora de sucesso, com sua excelência gráfica e editorial reconhecida no Brasil e no mundo, tendo recebido 27 Prêmios Jabuti, o mais importante prêmio do mercado editorial brasileiro e 4 Prêmios da Printing Industries of Americas (PIA), a mais conceituada entidade gráfica mundial.

Fonte:http://http//mais.uol.com.br/view/tr6ne4hx6hpm/imprensa-oficial-lanca-o-quadrado-amarelo-04023066CC812366?types=A&

Acesso em: 20/09/2009

Crítica/DVD/"As Aventuras de Oswald, o Coelho Sortudo"

Antes de Mickey, Disney investiu em coelho surtado
Feito sob encomenda, personagem estrelava histórias de ação intensa e surreal

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

No princípio, era o coelho. Antes que Walt Disney (1901-1966) investisse em um camundongo as fichas de que dispunha em 1928 para virar a seu favor o jogo do então restrito mercado de animação nos Estados Unidos, outro personagem já havia lhe apontado o caminho das pedras e também as armadilhas espalhadas por ele.
Com o êxito da série de curtas protagonizada por Oswald, o Coelho Sortudo, desenvolvido por encomenda em pouco mais de duas semanas, em abril de 1927, Disney conseguira dar fôlego à empresa que mantinha com o irmão Roy e julgara que havia chegado a hora de triunfar em Hollywood.
O momento estava próximo, mas ainda não era aquele. Vítima de rasteira do produtor Charles Mintz, ele perdeu os direitos sobre Oswald e se viu obrigado a recomeçar do zero.
Mickey teria nascido na viagem, pautada pelo desejo de vingança, em que retornou de Nova York a Los Angeles depois dessa derrota.
Especialmente simbólico para o aprendizado artístico e comercial de quem ergueria em seguida um império, o episódio é reconstituído por Neal Gabler em "Walt Disney - O Triunfo da Imaginação Americana" (ed. Novo Século, 944 págs., R$ 89,90) e ganha contornos mais precisos com o lançamento do DVD duplo "As Aventuras de Oswald, o Coelho Sortudo".
Anárquico
A coletânea reúne 13 curtas produzidos entre 1927 e 1928, restaurados a partir de diversas fontes desde que os direitos sobre o personagem retornaram ao grupo Disney, em fevereiro de 2006. Documentários, três curtas pré-Oswald (protagonizados pela menina Alice) e três pós-Oswald (dois deles já estrelados por Mickey Mouse) completam o pacote.
Mais do que sortudo, o protagonista parece um herói cômico surtado em histórias de ação intensa e surreal que contribuíram para enriquecer o universo da animação. Seu caráter inventivo e anárquico deve muito ao desenhista Ub Iwerks (1901-1971), que ficou ao lado de Disney para colher os frutos que viriam depois do coelho.
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AS AVENTURAS DE OSWALD, O COELHO SORTUDO

Distribuição: Disney
Quanto: R$ 39,90, em média
Classificação: livre
Avaliação: bom



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2009200922.htm

Acesso em : 20/09/2009





Livro
Rapunzel estilosa
Nada de príncipe encantado em cavalo branco. Na história contada por Lynn Roberts ("Rapunzel"; ed. Nobel; R$ 39), Rapunzel gosta mesmo é de um roqueiro que anda de moto. O conto foi transferido para os anos 70, época em que os cabelos bem longos (mas não tanto quanto os de Rapunzel!) estavam na moda.
"É muito legal e diferente da Rapunzel que eu conhecia. Não tem torre. Ela mora em um prédio com um elevador que sempre quebra e sua tia tem que subir e descer pelas tranças de Rapunzel. As "figuras" são divertidas. A que eu mais gostei foi a da Rapunzel assistindo ao show do Roger [roqueiro, par romântico de Rapunzel], porque eles estão todos juntos sem a tia malvada."
ANA LUISA AURICCHIO MARI GARCIA, 7
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di19090902.htm

Acesso em: 20/09/2009

3 comentários:

Maria José Nóbrega disse...

Verô,
você reparou o polifônico das resenhas da Folhinha? A apresentação da obra é texto do jornalista, a recomendação é assinada por uma criança.
Beijos,
Mazé

Professoras do 5º ano disse...

É mesmo, Mazé!
Suas observações são sempre ÓTIMAS!
Obrigada!!!
Beijos.

Anônimo disse...

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